Rolling Stone e o reacionarismo roqueiro

Publicado originalmente [com edições externas] em 07/11/2013 @ Void

Se você estivesse em Chicago em 12 de julho de 1979, poderia adquirir ingressos para a partida entre os White Sox e os Detroit Tigers doando vinis de disco music. Articulada pelo radialista Steve Dahl, a inusitada promoção lotou o Comiskey Park não de fãs de baseball, mas de uma legião de roqueiros barbados reunidos em uma celebração do ódio e da intolerância. No intervalo do jogo, milhares de discos de um gênero musical nascido sob a premissa do amor – e concebido como grito libertário de negros e homossexuais – eram literalmente EXPLODIDOS para delírio da torcida de fanáticos: Disco sucks! Disco sucks! Disco sucks!

Em trinta e quatro anos, o videoclipe e a internet nasceram, ovelhas foram clonadas, negros e mulheres ganharam eleições, mas o exato mesmo discurso preconceituoso de Lobão Steve Dahl segue reverberando. A bola da vez é essa infeliz campanha da revista Rolling Stone que basicamente sintetiza a dance music como lixo desalmado e vê a cultura DJ como vazia e INFERIOR ao rock. Sim, em pleno 2013.

É uma mensagem fascista porque prega o ódio e a alienação, é maniqueísta porque divide estilos entre bons e maus, é preconceituosa porque generaliza e é intelectualmente desonesta porque ignora a história. Ignora que música eletrônica e a cultura DJ são dois universos particulares, gigantes, riquíssimos e mais velhos que nossas queridas avós; que o próprio rock’n’roll foi batizado e disseminado por um DJ; que essas barreiras estilísticas foram rompidas há décadas e que no mundo pós-moderno os gêneros flutuam, dialogam, se sampleiam mutuamente.

Todos os rótulos não passam de diferentes facetas da mesma moeda, delineações estéticas que muitas vezes só são assim constituídas para plastificar e vender. Mas não! Reaça não suporta aquilo que é diferente, então tapa o olho, polariza, instaura rixas imaginárias – como se arte se resumisse a, vejam só, uma rivalidade de baseball. Quem faz isso não entende que a música está aí pra enriquecer e agregar, não excluir. Aparentemente, são essas as pessoas que a Rolling Stone quer tocar.

Vai aqui um grande dedo do meio pra uma revista de cultura pop que presta um enorme desserviço cultural só pra polemizar e apelar aos rockers xiitas, arianos musicais. Porque o lamentável é que o rock – aquele próprio que quando surgiu desafiava o status quo e sofria o mesmo tipo de resistência – tenha migrado de símbolo máximo da contracultura para totem reacionário.

Daft Punk do dia feat. Chilly Gonzales

Publicado originalmente em 30/04/2013 @ MyCool

Não confundir com Speedy Gonzales.

Sim, os gajos da Vice até que tem razão em nos chamar de idiotas [embora o texto tenha sido escrito por um português, veja bem] por celebrar o hype tão visceralmente. E, realmente, somos todos um bando de ovelhinhas descerebradas comendo na mão de publicitários diabólicos. Mas nem por isso — e também pelo fato de que dificilmente algum disco novo do Daft Punk vá ser tão bom quanto o Discovery (Virgin, 2001) –, Get Lucky deixa de ser foda. Muito pelo contrário: o lado bom de ter um marketing e um hype tão pesado em cima deles é o fato de que a música no mainstream ganha muita qualidade em meio a tanto chorume. Claro, nós continuamos idiotas, mas idiotas com um gosto musical um pouco melhor!

E, carambolas, vejam essa série de colaboradores assando a brasa pro Daft Punk! Esses caras não precisam provar nada pra ninguém! Vou repetir o que já falei em outro desses posts sobre os franceses: vocês preferem estar de volta em 2012 hypando aquela mina palha que é SÓ marketing? Quer dizer, se é pra hypar alguém, que esse alguém seja o Daft Punk. Mas não acreditem em mim, acreditem no próprio Chilly Gonzales:

Pra ser honesto, eu não gosto muito de estar em colaborações. Mas você abre exceções pra pessoas que dispõem de algum tipo de chave pro Zeitgeist.

O som do futuro no país do futuro

Publicado originalmente em 06/03/2013 @ MyCool

Esqueça o que você acha que sabe sobre ‘baile funk’ e descubra o som do futuro do Brasil. É assim que começa um artigo da revista Spin postado ontem sobre o efervescente underground eletrônico ~brazzuca~.

Philip Sherburne, o autor do artigo, conta que recebeu por e-mail de Chico Dub – DJ e produtor cultural carioca, curador dos festivais Novas Frequências e Sónar SP – uma compilação de tracks interessantes de produtores novos, boa parte recém começando as primeiras composições, sem sequer vínculo com algum selo. Passeando por uma penca de vertentes, a coletânea – batizada por Chico de Hy Brazil Vol 1: Fresh Electronic Music From Brazil 2013  – traz artistas já destacados aqui no blogue como Psilosamples, Pazes e Strausz, nomes mais renomados como Leo Justi, Jaloo e Tropkillaz [projeto do DJ Zegon] e uma penca de gente nova e ainda desconhecida, como o paulistano Sants. Uma ótima pedida pra quem acha que o Brasil se resume a Naldos e Valescas.

Todas as tracks, à exceção da primeira, podem ser downloadeadas. Pra sacar mais detalhes e ler uma entrevista tranzuda com o Chico Dub – na qual ele enfatiza uma nova cena de produtores nacionais e a importância dos festivais de música avançada no Brasil – é só sacar o artigo na íntegra aqui.

A empreitada épica do Flight Facilities

Publicado originalmente em 31/01/2013 @ MyCool

Meu principal objetivo no MECA 2013 – realizado no último sábado em hotel fazenda em Xangri-Lá, como tínhamos anunciado aqui – era ver o DJ Set do duo australiano Flight Facilities. Com uma performance muito boa – tanto tecnicamente quanto em feeling e repertório –, saí de lá livre-leve-e-faceiro, com as expectativas correspondidas.

Eis que ontem, ainda no clima, resolvi ouvir um DJ Mix deles que tava na minha to do list desde o seu lançamento no Soundcloud, há uns 20 dias: a primeira parte do Flight Facilities for ‘triple j Mix Up Exclusives’. Quanto mais eu ouvia, mais perplexo eu ficava de QUÃO FODA era tudo aquilo – os caras tinham mixado com maestria um monte de coisa boa dos anos 70 [sendo boa parte versões originais!] com recortes de áudio de momentos históricos da época.

Dando uma lida no blog dos FF, deu pra sacar do que se trata: convidados pelo projeto da rádio australiana triple j – em que um artista apresenta nada mais nada menos que QUATRO DJ MIXES em UM MÊS –, os Flight Facilities mostraram que são nerds pra caramba e transformaram a limonada em um coquetel siciliano ciborgue devorador de rottweilers alemãos. Como?!, vocês perguntam. Muito simples, eu respondo: transformando cada mix em documentos históricos de dez anos, viajando de 1972 até 2012.

Pra entregar tudo isso no último outubro, foram necessárias horas e horas de pesquisa [com mais de 10 mil músicas ouvidas, segundo eles], criação de alguns edits pra poder encaixar melhor nas transições e mais horas e dias pra pesquisar os principais acontecimentos globais de cada ano. Feita a pesquisa, as mixagens das tracks seguem uma ORDEM CRONOLÓGICA – o que facilmente comprometeria um trabalho de fluidez e continuidade em um Mix, mas não, OS CARAS CONSEGUIRAM FAZER TUDO DESCER SUAVE –, com os recortes históricos aparecendo conforme o ano da música que está tocando [!!!]. Sim, um trabalho brutalmente obsessivo e genialmente psicopata.

O Mix acima é , portanto, a primeira parte dessa viagem épica pelo maravilhozzo mundo da música, de 1972 a 1982, começando com Stevie Wonder e terminando com Queen & David Bowie [clique aqui para ver o set list]. E sim, o projeto foi ao ar em outubro, mas só agora eles começaram a soltar no Soundcloud, então aguardamos as próximas partes com ansiedade. Podem deixar que postarei aqui assim que elas forem vazando!

* Momento chato-moralista-necessário: Uma cena não se constrói com o hype. Se você gostou do set do Flight Facilities no MECA, procure dar um pouco mais de atenção à sua própria região. Existem incontáveis DJs dedicados e com uma pegada parecida com a dos FF buscando um lugar ao sol perto de você, é só se antenar.

** Desconsidere o fato do Mix ter uma hora. Vai passar voando [RISOS].

*** A história toda com mais detalhes, fotos e etc. tá lá no blog dos caras.

**** Veja a continuação dessa saga: parte II | parte III | parte IV

Olelelê, olalalá, o MECA vem aí e o bicho vai pegá

Publicado originalmente em 04/01/2013 @ MyCool

Depois de taaaaanta chafurdação nos highlights de 2012, tá na hora de olhar pra frente. E pro verão escaldante gaúcho, os próximos dias antecipam a chegada da terceira edição do refrescante MECAFestival, o nosso pequeno Coachella dos pampas.

Como já cobrimos aqui desde a primeira edição, em 2011, o MECA é sucesso [via Bibo Nunes]. Os line ups sempre se preocuparam em ser relevantes atualmente, em trazer artistas fresh, e a corresponder aos fatores geográficos que o determinam – isto é, é um festival de verão, com artistas que casam com a summer breeze, sejam eles da música eletrônica, do rock ou de tUdO uM pOuCo. Suamos como nunca com as batidas frenéticas de Two Door Cinema Club e Vampire Weekend na praia de Atlântida [o que pra mim ainda soa surreal], assim como curtimos The Rapture [!!!], dançamos lindamente ao som de Mayer Hawthorne sob o luar e aos grooves espertos do set do Breakbot na Fazenda Pontal, entre tantos outros.

Pra 2013, no próximo dia 26, na mesma Fazenda Pontal, teremos Citizens!, Dragonette, Flight Facilities, Friends e Zulu Winter. À exceção do Dragonette, trio canadense com o maior apelo pop da escalação, todos são artistas com carreiras em ascensão, que se destacaram bastante na última temporada. O duo australiano Flight Facilities – meus favoritos – são os melhores representantes da tal vibe do verão; os Citizens! levam por trás o dedo de [sem piadas óbvias] ninguém mais ninguém menos que Sir Alex Kapranos; o Friends chegou a sair na lista de promessas da BBC; e o Zulu Winter foi elogiado por sites como o Guardian com menos de meio ano de vida.

A abertura ainda conta com o DJ e produtor inglês Dark Horse – com EPs lançados pelo selo DFA [do James Murphy] – e com o team brazuca: Holger, banda paulistana em alta total, Database, duo de destaque internacional, e as novidades gaúchas Tess e Dis Moi.

Os ingressos já estão à venda, o primeiro lote já esgotou, e recomendamos muito que vocês comprem e já planejem a viagem que sempre vale bastante – não somente pela qualidade de bons shows, mas pela experiência incrível de viver um festival de um nível e energia que até três anos atrás jamais sonharíamos em ter por aqui. Nós certamente iremos, veremos e venceremos.

                * Mais informações de utilidade pública vocês encontram na página do festival.

                ** Recomendo também o ótimo texto do Gustavo Brigatti, que saiu na Zero Hora uns dias atrás. Jornalismo de verdade, gente!

Mediunidade hipster – as previsões do MyCool para 2012

Publicado originalmente em 05/01/2012 @ MyCool. Post de maior sucesso de público do autor, vindo a ser replicado no Popload, do jornalista Lúcio Ribeiro

"Eu vejo hipsters mortos"

A entidade suprema e onipresente da ironia hipster conhecida como “Carles” – do site Hipster Runoff – lançou suas “previsões ousadas” para a cena alt-descolada no ano que começa. Inspirados por suas visões, nós do MyCool fomos até uma macumbeira oportunista vidente simpática que ~consultou os astros~ e veio com revelações que vão afetar o nosso mundinho hipster em 2012.

Atenção: todas as previsões a seguir são completamente exclusivas e contém SPOILERS de 2012. Confira se você tiver coragem.

– 80% das bandas promissoras que lançaram um bom disco de estreia vão produzir um segundo disco irrelevante.

– Uma banda com inúmeros fãs xiitas vai receber uma nota medíocre no Pitchfork e eles vão xingar muito no twitter.

– Algum casal indie-fofura vai se separar e os fãs vão lamentar, enquanto os outros vão comemorar que ele/ela está solteiro(a).

– Os hipsters vão defender o Michel Teló dos críticos até outro hit medíocre viralizar e ninguém mais lembrar do Michel Teló.

– Michel Teló vai lançar um novo single que vai gongar na internet por menos de uma semana.

– Seus pais vão ouvir falar em Michel Teló.

– Alguma banda coxinha vai lançar um vídeo muito bem trabalhado pra uma canção insuportável e desembocar no Faustão.

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– Lana Del Rey vai lançar o disco mais amado e odiado do ano.

– Lana Del Rey vai fazer o disco do ano segundo a Rolling Stone, o terceiro melhor disco do ano segundo a NME e tirar uma nota medíocre no Pitchfork.

– Lana Del Rey morre por 15 minutos, até as pessoas descobrirem que se trata de um boato.

– Lana Del Rey vai namorar um ator canastrão europeu que tem o dobro da idade dela.

– Lana Del Rey vai tirar fotos conceituais pagando peitinho clicadas por Terry Richardson.

– Lana Del Rey vai fazer qualquer coisa irrelevante e virar notícia.

– Lana Del Rey vai atacar de DJ nas baladas mundo afora.

– Michel Teló vai atacar de DJ nas baladas mundo afora.

– Seus pais vão atacar de DJ nas baladas mundo afora.

– As piadas de “atacar de DJ” vão atacar de DJ nas baladas mundo afora.

– Uma nova série baseada em alguma criatura macabra vai virar modinha, até todo mundo se dar conta de que ela é mais um clichê babaca depois da primeira temporada.

– Bon Iver vai ganhar o Grammy.

– Banksy vai ser desmascarado.

– Lúcio Ribeiro vai continuar sendo alvo de hipsters que leem tudo que ele escreve no Popload só para xingar nos comentários.

– Lúcio Ribeiro vai confirmar shows que não vão rolar.

– Lúcio Ribeiro vai ajudar a trazer pro RS vários shows de bandas indies gringas que nunca estiveram aqui antes, mas que não vão dar retorno porque os ingressos custarão dinheiro.

– Skrillex vai lançar um single em parceria com o David Guetta.

– Skrillex vai lançar um disco medíocre que vai ser sucesso de vendas.

– Azealia Banks vai ser considerada o “Tyler The Creator com 53105”.

– Seu irmão mais novo vai começar a gostar de hip-hop e dubstep.

– Seu irmão mais novo vai atacar de DJ nas baladas mundo afora.

– Vai surgir uma “nova joia” na MPB-indie que será taxada de coxinha pelos críticos.

– Todo mundo vai eleger qualquer nova banda indie que não use sintetizadores como “a salvação do rock”.

– Todo mundo vai se decepcionar porque não vai encontrar a “salvação do rock” em 2012.

– Todo mundo vai começar a prestar atenção em um rapaz de 14 anos que constrói os próprios samplers e sintetizadores para fazer música de vanguarda.

– Vão surgir artistas de “pós-chillwave”.

– Nenhuma mídia indie vai dar bola pra qualquer nova fonte de música eletrônica underground, exceto pelo dubstep americano.

– O mainstream vai ficar mais trash do que nunca.

– A NME vai apostar em outra banda que quer ser o Oasis, até eles lançarem o disco e todo mundo esquecer que eles existem.

– Noel Gallagher vai acusar Liam de peidorreiro e ganhar manchete na NME.

– O festival Planeta Terra vai anunciar nomes supervalorizados como headliners, que vão lotar o main stage, enquanto os melhores shows do festival vão rolar no indie stage para 47 pessoas.

– O Lollapallooza BR vai ser conturbado.

– Todo mundo vai reclamar no twitter da fila, estrutura e transportes do Lolla pelo iPhone na hora de assistir os shows.

– Todo mundo vai dizer que o Foo Fighters fez “o show do ano”.

– A Apple vai lançar outro aplicativo que todos os hipsters vão usar até virar mainstream.

– Todos os hipsters vão largar o Facebook e migrar pro Google +.

– Vão começar as reclamações da “orkutização do Google +”.

– O Google vai inventar uma nova rede social falhada.

– Algum anônimo vai sair em uma foto pública fazendo algo totalmente irrelevante e virar meme no tumblr.

– O tumblr vai “orkutizar”.

– O Brasil vai ter o ano mais rico em atrações estrangeiras da história, mas os gaúchos vão continuar reclamando dos preços dos ingressos.

– O Meca Festival vai ser o melhor festival nacional do ano, mas ninguém fora do RS vai dar bola.

– Thom Yorke vai fazer um show apoiando alguma causa política de esquerda.

– Algum artista vai morrer e todo mundo vai baixar a obra dele e dizer que o mundo “perdeu um grande talento”.

– Lady Gaga vai virar atriz.

– Florence vai virar a nova Cher.

– Adriano Cintra vai lançar mais vídeos ironizando as ex-colegas de banda, removendo-os do ar no mesmo dia.

– O CSS vai acabar.

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– Vão surgir 37 novas bandas que são “uma mistura de Passion Pit com MGMT”.

– O Vampire Weekend vai lançar um disco completamente inacessível baseado apenas em ruídos sintéticos e silêncio, tirando 9.3 no Pitchfork.

– O Killers vai lançar um disco novo que todo mundo vai detonar, mas secretamente ouvir todo dia.

– Yannis Phillipakis, do Foals, vai começar uma carreira solo com grande influência eletrônica.

– Kanye West e Jay-Z vão confirmar shows no Brasil, mas cancelar posteriormente.

– Alguma banda pedante de britpop que todo mundo ama incondicionalmente vai voltar e lançar um disco fracassado.

– O Franz Ferdinand vai lançar um dos melhores discos do ano, que vai ficar em 36º lugar no Pitchfork.

– O Breakbot vai fazer um discaço, mas não vai figurar nas principais listas de fim de ano.

– O XX vai lançar um novo disco melhor que o debut, mas os fãs xiitas não vão gostar.

– O Bloc Party vai fazer o disco mais underrated do ano.

– Alguns críticos vão ficar de olho em uma nova cena e apostar que dela vai sair “o novo Strokes”, mas vão esquecer disso depois de dois meses.

– Os Strokes vão acabar (de novo).

– No fim do ano, a BBC vai apostar alto em uma nova garota que todo mundo vai hypar até morrer em 2013, até todo mundo esquecer dela.

– Os hipsters vão discordar de todas as listas de fim de ano, sendo que terão ouvido menos de 10% dos discos eleitos e terão curtido menos de sete álbuns novos no ano todo.

– O mundo vai conhecer a verdade do dezembro de 2012 e descobrir que ela está interligada com as “mortes” de Michael Jackson e Steve Jobs.

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– O Indie Rock vai morrer de vez.

– Os blogs vão morrer.

– A internet vai ser privatizada.

– Você vai ter preguiça de ler esse post.